Ano eleitoral atípico põe o Brasil na marca do pênalti durante a Copa do Mundo

Que bom seria se todas as promessas feitas pelos envolvidos com a organização da Copa do Mundo tivessem de fato sido cumpridas à risca, se o governo brasileiro não tivesse de fato gastado bilhões do dinheiro público com estádios que após o Mundial terão pouca utilidade para a população, que já não gosta tanto de futebol como em outros tempos, e que depois desta Copa do Mundo vai passar a odiar literalmente tudo que tenha a chancela da Fifa.
Protestos é o maior temor dos organizadores da Copa, os políticos mentiram e a Fifa só visa o lucro
A população que fez muita festa pela escolha do Brasil como sede da Copa e que vem se preparando para receber os turistas que vão comparecer ao maior evento esportivo do Planeta, já não esta tão entusiasmada assim, em algumas cidades o povo tem a nítida impressão que foi enganado e que em tempo nenhum vão conseguir perceber o legado que a Fifa, a CBF e o Governo brasileiro tanto propagaram nestes sete anos que antecederam a festa do futebol em solo brasileiro.

Todos eram sabedores que seriam necessários investimentos para receber o espetáculo, todos eram unânimes em dizer que estes investimentos visando a Copa do Mundo se transformariam em legado da própria Copa do Mundo e que a população seria amplamente benficiada, com melhores estradas, aeroportos e portos condizentes com a condição de economia emergente que tinha se transformado o Brasil. A mobilidade urbana seria um dos itens transformados de tal maneira que em qualquer grande cidade do país, as pessoas iriam sentir orgulho da qualidade do transporte público e que os investimentos trazidos pelos bons ventos do evento da Fifa proporcionaria aos cidadãos elevar seu padrão de vida e poder aquisitivo, pois a Copa do Mundo estava sendo vendida como uma mina de ouro capaz de permitir que todos ganhassem alguma coisa com ela.

No meio desta bonança toda o Governo lembraria de injetar alguma coisa na saúde e na educação, uma cena em que alguém viesse a sofrer numa fila de hospital passaria ser rara e talvez só acontecesse na nossa imaginação, até nas cidades mais longíquas deste país as pessoas poderiam contar com uma assistência digna por parte do poder público. Ledo engano pessar assim e a Copa do Mundo, antes maravilhosa, vai passando sem ao menos deixar uma boa lembrança.

As pautas das manifestações de 2013 oscilaram muito, mas invariavelmente caim no lugar comum da Saúde, Educação e Segurança que são direitos do cidadão pré estabelecido e que deveriam ser garantidos pela Constituição, mas que na prática o povo não tem direito algum sobre estes artigos de luxo na nossa existência.

A passagem da Copa do Mundo se apróxima, os famigerados estádios padrão Fifa já batem na casa dos R$ 9 bi, boa parte da farra bancada pelo dinheiro do contribuínte brasileiro, a infraestrutura que serviria de mote do tal legado já ficou em segundo plano à muito tempo, dificilmente veremos por aqui aeroportos, portos e malha viária de primeiro Mundo. Tudo bem que nas ruas o pessoal grite pelos direitos básicos de cidadania, mas cá para nós, mesmo que o dinheiro público não tivesse sido investido só em estádios para agradar a Fifa, jamais a população perceberia estes investimentos na Saúde, Educação ou Segurança, não perceberia por que nunca teriam esta destinação por parte do Governo, que sempre imagina que o povo nem conta mais com uma regalia desta.

É bom que se diga, que até ontem eu era um entusiasta da Copa do Mundo, é bom lembrar que nada do que foi dito sete anos atrás poderia ser considerado um absurdo total ou algo sem fundamento, pelo contrário, se tivesse dado cabo do projeto Copa do Mundo Fifa 2014 como estava estipulado no esboço inicial, o Brasil seria alçado ao patamar dos paises de primeiro Mundo, onde até as promessas feitas por políticos constumam ser levadas à sério. 




Brasil não está preparado para receber a Copa do Mundo - Notícias - Internacional - Voz da Rússia

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