Comentário de Cesar Giobbi na Gazeta @Reinaldo_Cruz #QuestãoBrasil @Dribles_e_Gols


O Museu de Arte Contemporânea da USP inaugura no sábado sua sede no Ibirapuera, ocupando, ainda que de maneira incipiente, o edifício criado por Oscar Niemeyer nos anos 50 e usado por décadas pelo Detran. A primeira mostra, O tridimensional no Acervo do MAC, ocupará só o espaço térreo do prédio, e apenas com 17 esculturas. O restante do prédio será ocupado aos poucos, até a mudança total do acervo, um dos mais valiosos da América Latina. A USP aproveita para prestar homenagem a Ciccillo Matarazzo, que criou o MAC em 1963 doando ao museu seu rico acervo particular. O secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, que é sobrinho neto de Ciccillo, conseguiu levar o projeto de mudança até o final, o que demandou muita conversa, paciência e sobretudo dinheiro. A reforma custou mais de 70 milhões de reais, pagos pela Secretaria. A USP, na verdade, ganhou o prédio de presente. As obras em exposição foram produzidas entre 1947 e 1997, por nomes como Maria Martins, Henry Moore, Amilcar de Castro, Carmela Gross, Cildo Meirelles, Carlos Fajardo, Frida Baranek, Angelo Venosa, Ernesto Neto. O museu estará completamente pronto, com seus novos anexos, no ano que vem, para comemorar seu cinqüentenário.
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O espetáculo Nise da Silveira - Senhora das Imagens, estréia no dia 1º de fevereiro no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A Dra Nise virou referência nacional, em meados do século passado, ao tratar esquizofrenia com arte, e instalar ateliês em hospitais psiquiátricos, combatendo tratamentos como o eletrochoque. Os trabalhos destes ateliês formaram o acervo do Museu do Inconsciente, do qual Antonio Bispo do Rosário é o nome mais conhecido, inclusive no exterior. A história de Nise da Silveira é levada à cena pela atriz Mariana Terra, filha de um discípulo da médica alagoana que trabalhou e fez fama no Rio. O enredo lembra a relação que Nise teve com Jung, e com a intelectualidade brasileira da época. E sua prisão sob Getúlio Vargas. O espetáculo tem participações gravadas do poeta Ferreira Gullar e do ator Carlos Vereza, coreografias de Ana Botafogo e uma trilha produzida por João Carlos de Assis Brasil. Dramaturgia e direção de Daniel Lobo. O espetáculo será apresentado sempre às quartas e quintas feiras.
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E nas sextas, sábados e domingos, voltou ao cartaz, no mesmo Teatro Eva Herz, o espetáculo Hell, baseado no livro Hell Paris, de Lolita Pilli, adaptado e dirigido por Hector Babenco, com Barbara Paz e Paulo Azevedo em cena. Ambos os espetáculos são muito recomendados por críticos e formadores de opinião.

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